O Subordinacionismo: Uma Visão Teológica e sua Refutação Bíblica. Subsídio da Lição 06. 1° Trim. 2025-EBD ADULTOS
O subordinacionismo é uma doutrina que, ao longo da história cristã, tem levantado controvérsias e questionamentos sobre a verdadeira natureza da Trindade. Essa crença afirma que Jesus Cristo e o Espírito Santo são subordinados em essência ao Pai, rejeitando o princípio da coigualdade entre as três Pessoas divinas. Essa visão foi amplamente defendida por grupos heréticos como o arianismo no século IV e ainda ecoa em algumas crenças contemporâneas que distorcem a doutrina cristã ortodoxa.
Origens e Definição do Subordinacionismo
O subordinacionismo surgiu como uma tentativa de explicar o relacionamento entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo dentro da Trindade. Os defensores dessa doutrina afirmam que, embora Cristo seja divino, Ele é inferior ao Pai em essência e não possui a mesma eternidade ou poder absoluto. Essa posição foi formalizada por Ário, um presbítero de Alexandria, cuja doutrina levou ao Concílio de Niceia em 325 d.C., onde foi declarada como heresia.
O subordinacionismo frequentemente utiliza passagens bíblicas fora de seu contexto, como João 14:28, onde Jesus diz: "O Pai é maior do que eu", para justificar a ideia de que o Filho é inferior ao Pai. No entanto, essa passagem refere-se à posição funcional de Cristo durante a encarnação e não à Sua essência divina.
Refutação Bíblica do Subordinacionismo
A Bíblia apresenta claramente que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são coiguais e coeternos. Algumas passagens fundamentais incluem:
- João 1:1-3: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
- Filipenses 2:6: “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.”
- Colossenses 2:9: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.”
Esses versículos demonstram que Jesus possui a mesma natureza divina que o Pai, sendo Deus em essência. O Espírito Santo também é descrito como Deus em várias passagens, como em Atos 5:3-4, onde é chamado de Deus por Pedro.
Implicações Doutrinárias
Negar a coigualdade das Pessoas da Trindade compromete a própria mensagem do evangelho. Se Jesus não fosse plenamente Deus, Seu sacrifício na cruz não seria suficiente para a redenção da humanidade. Da mesma forma, o Espírito Santo, como Consolador e Guia, não poderia agir com a autoridade divina se fosse inferior em essência.
A doutrina cristã ortodoxa ensina que há uma distinção de funções entre as Pessoas da Trindade, mas não uma hierarquia de essência. O Pai envia o Filho (João 3:16) e o Filho envia o Espírito Santo (João 15:26), mas todos compartilham a mesma natureza divina.
O subordinacionismo é uma heresia que desvia da verdade bíblica ao negar a plena divindade de Jesus e do Espírito Santo. A Igreja é chamada a defender a sã doutrina, proclamando que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são coiguais e coeternos, como revelado nas Escrituras. Assim como ensinado na lição 06 da revista da CPAD, é fundamental reafirmar que a Trindade é o fundamento da fé cristã e que a salvação depende de um Redentor que é plenamente Deus e plenamente homem.
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