Texto Áureo:

"Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de equidade é o cetro do teu reino." (Hebreus 1:8)

Verdade Prática:

O termo teológico "Filho de Deus" é um título que indica que a existência de Jesus é desde a eternidade junto ao Pai.

Leitura Bíblica em Classe:

João 10:30-38
30. Eu e o Pai somos um.  
31. Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar.  
32. Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes do Pai; por qual delas me apedrejais?  
33. Responderam-lhe os judeus: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus.  
34. Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?  
35. Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),  
36. àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?  
37. Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.  
38. Mas, se as faço, e não me credes, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu nele. 

Introdução

A igualdade entre o Pai e o Filho é um pilar central da fé cristã e fundamento da doutrina da Trindade. Jesus Cristo é reconhecido como igual ao Pai em essência, poder e autoridade. A declaração “Eu e o Pai somos um” (João 10:30) foi uma proclamação clara da divindade de Cristo, gerando forte oposição dos judeus que o acusaram de blasfêmia.

I. A Doutrina Bíblica da Relação do Filho com o Pai

  1. Ideia de Filho:
    No contexto bíblico, o termo “filho” muitas vezes indica alguém que compartilha a mesma essência ou características de seu pai. Em João 10:36, Jesus declara que foi santificado e enviado pelo Pai, revelando sua relação íntima e eterna com Deus.
  2. Significado Teológico:
    O título "Filho de Deus" não implica inferioridade, mas igualdade em natureza com o Pai. Colossenses 2:9 reforça essa verdade ao afirmar que em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele é o Filho eterno, coeterno com o Pai (João 1:1).
  3. O Filho é Deus:
    Em João 10:33, os judeus reconhecem que Jesus estava reivindicando ser Deus, mas o rejeitaram. Hebreus 1:8 reafirma a divindade de Cristo: "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos."

II. A Heresia do Subordinacionismo

  1. Orígenes:
    Orígenes, no século III, é associado ao início do pensamento subordinacionista, que sugeria que o Filho era subordinado ao Pai. Embora ele tenha contribuído com a teologia cristã, seus escritos sobre a Trindade foram mal interpretados.
  2. No período pré-niceno:
    Antes do Concílio de Niceia (325 d.C.), alguns grupos usaram ideias subordinacionistas para negar a igualdade entre o Pai e o Filho. Essas heresias foram condenadas por líderes da Igreja, que defenderam a plena divindade de Cristo.
  3. Métodos usados pelos subordinacionistas:
    Os subordinacionistas frequentemente interpretam de forma equivocada passagens como João 14:28 ("O Pai é maior do que eu"), ignorando o contexto de humilhação terrena de Jesus, sem considerar textos que afirmam sua igualdade divina, como João 10:30.

III. Como o Subordinacionismo se Apresenta Hoje

  1. No contexto islâmico:
    O Islã reconhece Jesus como profeta, mas rejeita sua divindade. O Alcorão nega que Deus tenha um Filho, entendendo isso como uma relação física, enquanto o cristianismo afirma que Jesus é o Filho eterno de Deus.
  2. O movimento das Testemunhas de Jeová:
    As Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus é um ser criado, inferior a Jeová, reinterpretando textos como João 1:1 e negando a doutrina da Trindade. Essa visão diminui a obra redentora de Cristo e contraria passagens como João 20:28, onde Tomé declara: "Senhor meu e Deus meu."

Conclusão

Jesus Cristo é plenamente Deus e compartilha da mesma essência do Pai. Suas obras, palavras e a revelação das Escrituras testificam sua divindade. A Igreja deve estar preparada para defender essa verdade contra heresias antigas e modernas, proclamando que o Filho é igual com o Pai.


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