Texto Áureo:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1)

Verdade Prática:

A divindade de Cristo é uma verdade fundamental da fé cristã, essencial para a nossa salvação.

Leitura Bíblica em Classe:

João 1:1-14
1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.  
2. Ele estava no princípio com Deus.  
3. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.  
4. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.  
5. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.  
6. Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João.  
7. Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele.  
8. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.  
9. A verdadeira luz, que ilumina a todos, estava vindo ao mundo.  
10. Estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.  
11. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.  
12. Mas a todos que o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.  
13. Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.  
14. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.  

Introdução

A divindade de Jesus Cristo é uma verdade central e inegociável da fé cristã. As Escrituras Sagradas revelam de maneira clara e direta que Jesus é Deus, possuindo atributos e realizando obras que somente podem ser atribuídas à divindade. No entanto, ao longo da história da Igreja, surgiram heresias que tentaram negar essa verdade fundamental. Nesta lição, estudaremos a doutrina bíblica da divindade de Jesus, a heresia do arianismo que nega essa verdade e as implicações dessa heresia nos dias atuais.

I. A Doutrina Bíblica da Divindade de Jesus

  1. Jesus é Deus.
    As Escrituras afirmam de maneira categórica a divindade de Jesus Cristo. O apóstolo João inicia seu evangelho declarando: "No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1). Aqui, "Verbo" traduz o termo grego "Logos", que significa "Palavra" e refere-se a Jesus. Esta passagem enfatiza que Jesus não apenas estava com Deus desde o princípio, mas que Ele próprio é Deus. Além disso, em João 20:28, Tomé reconhece Jesus como "Senhor meu, e Deus meu", uma clara confissão da divindade de Cristo. O apóstolo Paulo também testifica essa verdade ao escrever: "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Colossenses 2:9). Essas e outras passagens confirmam que Jesus é verdadeiramente Deus.
  2. Seus atributos absolutos.
    A divindade de Jesus é evidenciada por Seus atributos, que são os mesmos do Pai:
    • Eternidade: Jesus existe desde a eternidade. Em João 8:58, Ele declara: "Antes que Abraão existisse, eu sou", indicando Sua existência eterna.
    • Onipresença: Jesus está presente em todos os lugares. Em Mateus 28:20, Ele promete estar com Seus discípulos "todos os dias, até a consumação dos séculos".
    • Onisciência: Jesus possui todo o conhecimento. Em João 16:30, Seus discípulos afirmam: "Agora conhecemos que sabes tudo".
    • Onipotência: Jesus tem todo o poder. Em Mateus 28:18, Ele declara: "É-me dado todo o poder no céu e na terra".
    • Imutabilidade: Jesus é imutável. Hebreus 13:8 afirma: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente".

Esses atributos demonstram que Jesus possui a mesma natureza divina que o Pai, confirmando Sua divindade.

II. A Heresia que Nega a Divindade de Jesus

  1. Arianismo. 
    O arianismo é uma heresia que surgiu no século IV, promovida por Ário, um presbítero de Alexandria. Ário ensinava que Jesus não era Deus eterno, mas uma criatura criada por Deus Pai, negando assim Sua divindade. Ele argumentava que houve um tempo em que o Filho não existia e que Ele foi criado do nada. Essa doutrina contradiz as Escrituras, que afirmam a eternidade e divindade de Jesus.
  2. Suas explicações. 
    Os arianos utilizavam passagens bíblicas fora de contexto para apoiar suas crenças. Por exemplo, eles citavam Provérbios 8:22, onde a Sabedoria diz: "O Senhor me possuiu no princípio da sua obra", interpretando que essa sabedoria era Jesus e que Ele foi criado. Contudo, essa interpretação ignora o contexto literário do texto, que personifica a sabedoria como uma figura poética e não como o Filho de Deus. Além disso, outras passagens bíblicas refutam diretamente essa ideia, como João 1:1-3, que afirma a eternidade do Verbo.
  3. Como solucionar a controvérsia? 
    A controvérsia foi resolvida no Concílio de Niceia, em 325 d.C., onde a Igreja declarou que Jesus é coeterno e consubstancial com o Pai. O Credo Niceno proclamou que o Filho é "Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, da mesma substância do Pai". Essa declaração reafirmou a fé bíblica na divindade de Cristo e rejeitou as doutrinas arianas.

III. Implicações do Arianismo na Atualidade

  1. A Tradução do Novo Mundo:
    As Testemunhas de Jeová, em sua tradução bíblica chamada Tradução do Novo Mundo, distorcem João 1:1 ao traduzir "o Verbo era Deus" como "o Verbo era um deus". Essa alteração ignora o grego original, que afirma inequivocamente a divindade do Verbo.
  2. Os movimentos orientais:
    Muitos movimentos religiosos orientais, como o Islamismo, negam a divindade de Jesus, reconhecendo-o apenas como um profeta ou mestre moral. Essa visão reduz a pessoa e a obra de Cristo, distorcendo a verdade bíblica.
  3. Outros grupos:
    Além das Testemunhas de Jeová, há outros grupos religiosos que minimizam ou negam a divindade de Cristo, adotando interpretações seletivas das Escrituras. Essas heresias enfraquecem a compreensão da obra redentora de Jesus e da salvação.

Conclusão

A divindade de Cristo é uma verdade essencial da fé cristã, sem a qual a salvação perde seu fundamento. Ao longo da história, a Igreja tem defendido essa doutrina contra heresias, reafirmando que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem. É responsabilidade da Igreja hoje continuar a proclamar essa verdade, combatendo erros e ensinando as Escrituras com fidelidade.

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